Algum tempo discute-se a permissividade do morador de apartamento ter em seu imóvel um cachorro ou não, tanto é que há diversos condomínios que no momento da formalização do Regimento Interno preferem regulamentar, qual o porte do cão, o comportamento adequado, os limites nas áreas comuns e em situações mais radicais a proibição de cães no prédio.

Importante sabermos que os primeiros registros de convivência entre homens e cães datam entre 12 a 15.000 anos, assim ao longo da história os cães foram tornando-se importantes no desenvolvimento das atividades humanas, chegando ao patamar de membros das famílias, ainda participando da evolução cultural e psicologia humana no beneficio da saúde física e mental, pois é cientificamente comprovado que um animal de estimação em casa proporciona relaxamento e carinho, assim como na zooterapia no trabalho desenvolvido por cães e deficientes físicos, como destaca a pesquisadora Beatriz Kitagawa.

O campo da saúde humana tem aproveitado a afinidade entre homens e cães. A percepção que o homem possui de que o cão é de fato um ser confiável, digno de ser chamado de “melhor amigo”, e a sensibilidade dos cães para compreender o mundo à sua volta, inclusive os sentimentos dos seres ao seu redor, permitem que os cães sejam candidatos potenciais para trabalhos na reabilitação de pacientes. Animais selecionados e treinados para estes fins têm sido utilizados com sucesso surpreendente em hospitais, ambientes de terapia ocupacional e em locais de moradia temporária ou permanente de crianças e idosos.

Na relação homens e cães proporcionam o desenvolvimento de anticorpos, evita alergias, aumenta a produção de endorfina (hormônio que causa prazer e sensação de bem estar), ajuda a diminuir a pressão sanguínea, redução dos níveis de colesterol e stress, como comprovado pela ciência.

Muito da boa relação entre os homens e cães dar-se principalmente pela estabilidade, “os animais tem um comportamento automático, quando percebem o outro mais forte se submetem”, segundo o Professor Alberts, comparando as diferentes das relações humanas.

Pesquisadores ingleses Nicolas e Collin constataram que pessoas que passeiam com seus cães em parques recebem maior número de aproximação de pessoas desconhecidas em relação a pessoas que caminham sozinhas, concluído que pessoas com cães conversam mais e melhoram seu desenvolvimento social em relação ao meio em que vivem.

Certo que benefícios ocorram é sempre bom observar que tratando-se de convivência em Condomínio, os donos de cães, gatos ou qualquer animal de estimação, deve-se prevalecer o bom senso e respeito aos vizinhos no momento do seu descanso e sossego particular, evitando quaisquer tipos de conflitos com outros moradores, e atentar aos locais onde não é permitido o trânsito de animais, fazendo com que  os animais de estimação tornem-se importantes e benéficos para si e não inconveniente para seu vizinho.

Texto: Guilherme de Castro
Revisão Ortográfica: Inamaria Nogueira